5 de junho de 2015

gaiolas rendadas



ph: moritz aust

conhecemos muito. conhecemos-nos pouco. conhecem-nos ainda menos. 
às vezes não nos conhecemos as dívidas. duvidamos dos cadastros e, de alguma forma, tornamos as pessoas levianas. damos-nos ao coração, a estragos precipitados. mas ao coração. 
aceitamos os amores como nossos. não como posse, mas nossos. da nossa vida, embrulhados no melhor carinho. sorrisos intermináveis. 
aceitamos os amores como nossos. e quando nos damos, as pessoas viram-se maiores. dão-se-nos. a nós, ao nosso coração e ao nosso mundo. 
e o mundo é nosso. de cada um de nós. abraçados nas melhores danças. 

mas o tempo cura. e destrói. e a única coisa verdadeiramente nossa é parte de nós. só.