10 de maio de 2012

achados



é-me impossível desistir do amor.
ele triunfará sempre com o meu acordar,  conseguirá (sempre) roubar-me o meu mais singelo ser.  a verdade é que guardo cada galho daquilo que me encantou, daquilo que, subtilmente, me acarinhou sem me aperceber, daquilo que me humanizou mais um bocadinho.
o amor começa com uma metáfora, começa no real instante que, com uma das suas palavras, alguém se inscreve na nossa memória poética. (m. kundera.)
é por isso que me lembro sempre, sempre, das memórias poéticas de cada amor que já tive. porque são elas que sustentaram os meus amores e me deixaram suspenso nos mares oníricos. são elas que metamorfoseiam o utópico em real. aliás, o amor pouco tem de concreto. a sua realidade é, per se, um capricho do inatingível. sim, o amor desafia as leis e consegue tornar real o mágico. e o mágico real.
o amor é exceção, já disse isso? alguém já.